quinta-feira, 12 de julho de 2012

 R.I.P. Lennox


April 1, 2005 • July 11, 2012
You will be avenged.

sábado, 7 de maio de 2011

 Sobre café e blogs, ou: "Como o amor tudo perdoa."



O maridão, que é classificador e degustador, acaba de lançar um blog sobre café e cultura, o cafezinho et al*.

* Sim, a grafia está correta, embora eu tenha certeza de que haverá quem o chame de "cafezinho e tal".

Esposa apaixonada que sou, claro que não me furtei a colaborar com o design. Até porque, se depender de know-how sobre rubiáceas, o moço não poderá contar muito com a cara-metade: sempre preferi meus espressos cariocas e com adoçante (café aguado e doce, segundo já me instruiu um "passarinho", configura um verdadeiro pecado capital dentro do meio cafeeiro culto), e isso não parece em vias de mudar.

Meu lado nerd me garante, com uma convicção fincada em anos de conhecimentos adquiridos na ficção-científica, que certamente existe algum universo paralelo, por aí, no qual essa minha imperdoável faux pas será motivo para divórcio por "incompatibilidade de gênios".

Neste aqui, felizmente, o amor é lindo.

Leiam o cafezinho, a torra é boa!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

 Desabafo

© Tord Boontje para Artecnica
 
Se a figura do "demônio" tem alguma sombra de verdade além da metafórica, tenho certeza de que ela se manifesta não em criaturinhas místicas com chifres, rabos e tridentes, mas em seres humanos de carne e osso.

Certas pessoas são verdadeiras representantes do Mal na Terra e parecem ter vindo ao mundo apenas para vampirizar, espezinhar e levar à desgraça qualquer pobre coitado que tenha o infortúnio de atravessar seu caminho. É gente vazia de identidade, que suga sem retribuir, que desconhece o significado da caridade e da tolerância, que julga outrém sem atentar para o próprio telhado de vidro e que não descansa enquanto não consegue fazer em pedacinhos microscópicos tudo o que haja de bom, digno e decente à sua volta.

Infelizmente, tive o desprazer de conviver com uma dessas pessoas, que se fazia de amiga, durante um bom tempo e, por pura inocência e boa vontade, demorei a perceber (ou a admitir) sua verdadeira face. Me livrei (não sem algumas feridas que deixaram cicatrizes), mas o Mal tem longos tentáculos e os efeitos nefastos desse arremedo de ser "vivo" afetam-me até hoje.

Essa pessoa desprezível causou-me perdas nos níveis afetivo e social, além de ter prejudicado pessoas que amo, mas o pior, creio, foi ter conseguido trazer à tona aquilo que tenho de mais torpe em mim mesma – porque alcançou sucesso em fazer-me querer mal a alguém e desejar a sua infelicidade.

Confesso que, de quando em vez, sofro de "espasmos" de crueldade durante os quais imagino como seria bom não ser gente de bem, e permitir-me retribuir com toda a força e conhecimento de causa de que sou capaz. Nesses momentos fulgidios, pergunto-me qual seria o gosto da vingança e imagino a supresa da criatura ao perceber que seu "poder" não é infinito e que sua máscara, construída de cera e plumas tal qual as asas de Ícaro, também derrete sob o calor do Sol.

Mas, não... Nunca me rebaixarei à tanto. A minha dignidade, ninguém jamais tomará.

Então percebo que a vitória, no final das contas, pertence a mim. Porque as cicatrizes atenuarão, minha vida seguirá em frente e o mal que me foi causado, mais breve do que tardiamente, tornar-se-há mera lembrança daquela "fase" ruim que, apesar das lágrimas, tornou-me um indivíduo melhor.

E a grande ironia, talvez prova de uma "justiça maior" (ou, quiçá, da fúria das eríneas), é que meu algoz, desgraçado que é, está fadado a viver na miserável companhia de si mesmo pelo resto de seus dias.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

 Vamos assinar? Os gatinhos agradecem!


Os gatinhos do Campo de Santana estão sofrendo devido ao descaso. Sua assinatura pode mudar o destino desses animais e ajudar a proteger um dos últimos refúgios para os felinos abandonados do Rio de Janeiro.
 
Vamos colaborar?


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

 Recebido por email!

 Porque, às vezes, alguém diz tudo o que a gente sente
antes mesmo de podermos expressar.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

 Adeus, minha velhinha...


Ontem à noite, foi-se minha Drielzinha, aos oito anos e meio de idade. Uma vida longa, em termos de ferret – mais ou menos o equivalente a um cão que viva uns 20 anos.

Acho que posso dizer que foi, também, uma vida feliz. Neste mundo no qual tantos animais são abandonados, maltratados e vivem de forma deplorável, Driel foi uma "princesinha" profundamente amada, protegida e que recebeu sempre tudo de melhor. Pode ter sido uma jornada árdua, às vezes, mas qualquer dificuldade sempre foi superada por tudo o que ela me oferecia em troca.

Os animais, afinal, sabem retribuir de um jeito que está além da capacidade de qualquer ser humano.

Driel foi uma típica compra por impulso. Era a menorzinha de um lote que havia acabado de chegar na pet shop (na verdade, até hoje ainda não encontrei ferret menor ) e conquistou meu coração ao me receber com lambeijinhos, quando a peguei no colo. Como, na época, eu já tinha dois ferrets novinhos – meus dois primeiros, de forma que ainda estava engatinhando como "mãe" de mustelídeos –, contei até dez, resisti e fui almoçar mas... incentivada por uma caipirinha, acabei voltando à loja, de onde saí com uma caixa de papelão cheia de furos (o então marido, por sinal, havia simpatizado mais com um outro peludo – grandalhão e meio desengonçado – que também acabou indo parar lá em casa menos de um mês depois).

Chamei-a de Galadriel; o nome não poderia ter sido mais bem escolhido porque, o que tinha de pequeninia, ela tinha de voluntariosa, teimosa e corajosa, tal qual a rainha dos elfos do universo d'O Senhor dos Anéis". Driel sabia se fazer presente e dava "corridas" até mesmo no irmão grandalhão, o Ludo.

Lá pros quatro ou cinco anos de idade, ela mastigou uns pedaços de uma barata que entrou em casa pela janela e acabou muito doente. Foram mais de seis meses de "perrengue" em quarentena, tratando um sério problema intestinal causado pela contaminação por dois tipos de verme, duas bactérias e um fungo que colocaram até o veterinário "de quatro". Mas, a menina se recuperou e seguiu sua vidinha, como se nada tivesse acontecido.

Ano passado, começaram os problemas para respirar. Radiografias e ultra revelaram um princípio de câncer linfático. Comecei a dar os remédios e Drielzinha não somente enfrentou tudo bravamente como se recuperou, sempre alerta, alegre e querendo atenção.

Mas o câncer e a idade, inevitavelmente, cobrariam seu preço.

Neste fim de semana Driel, finalmente, decidiu que era hora de partir e fez o que todo ferret faz nesses momentos: deitou-se quietinha no canto dela, parou de comer e beber e ficou pacientemente esperando que São Francisco viesse guiá-la em direção à ponte do arco-iris. Ferrets são mesmo assim: tão estóicos que chegam a desesperar.

Ontem, por volta das 21:30, ela partiu, auxiliada pelas mãos carinhosas dos doutores Rodrigo e Bianca, da clínica Espaço Pet, que são sempre uma fonte de carinho, força, compreensão e solidariedade, em momentos como esse. A decisão de ajudar um animalzinho a partir é triste, dura e difícil, mas eu não podia deixar que minha peludinha sofresse mais.

Driel sobreviveu a seus irmãos Frodo, Merlin, Ludo, Sleepy e Kiko. Viu todos irem embora e permaneceu sempre do meu lado, transmitindo-me energia para suportar a saudade. Também acompanhou meu divórcio e a chegada dos gatos Lu, Lilica, Phoenix e Bastet, da cachorrinha Kira e dos ferrets Friga, Gandalf e Titânia, além do começo do segundo casamento. Foram oito anos e meio um tanto tempestuosos para mim, cheio de mudanças pessoais e profissionais; mas sua presença foi uma constante, sempre me servindo de bússola e porto seguro.

Missão cumprida, filha. Espero que você, aí onde está, saiba quantas vezes você e seus irmãos salvaram-me a vida e me deram forças para continuar.

Nunca mais os lambeijinhos no nariz.
Nunca mais as mordidinhas pedindo atenção.
Nunca mais o rabinho arrepiado pelo cafuné no cangote.
Nunca mais o "có-có-có" de alegria a saltitar pela casa.

Adeus, minha pequena. Mamãe te ama.