quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

 Merry Christmas!



Eu já estava me contentando em deixar as Festas passarem em branco aqui no Fuça quando descobri, no Neatorama (site que é sempre uma caixinha de surpresas para quem é meio nerd e aprecia fatos curiosos e bichos), esse delicioso vídeo da Best Friends Animal Society. A entidade é norte-americana, mas a mensagem é universal: neste Natal, porque não fazer bem a um peludinho?

Quem não pode adotar sempre tem, como alternativa, ajudar – o pessoal da Adote um Gatinho, por exemplo, aceita doações.

FELIZ NATAL!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

 Como fazer cafuné em um bichano

© Matthew Inman, The Oatmeal.






quinta-feira, 21 de outubro de 2010

 Modo Mau Humor ON: Metrô Rio

A estação Botafogo do Metrô carioca parou de servir os cafezinhos (meio mornos e com pó de quinta categoria) que vinham sendo oferecidos desde a "inauguração" da obra recente.

Qualquer bom observador pode notar, claro, que o resultado da tal "obra" não passa de pura maquiagem; as paredes cheias de infiltrações e fungos continuam lá – apenas estão escondidas sob placas coloridas. O projeto da coisa toda, aliás, é de um mau gosto atroz que já começa nas entradas de geometria duvidosa e desnecessariamente irregular, posto que apresentam um efeito estético pavoroso, muito piorado quando visto de alguns ângulos. Por sinal, o suposto "modernismo" da decoração – uma tentativa tosca de emular um estilo geométrico à la Mondrian que só faz agredir os olhos, em toda a glória de sua palheta de cores semi-fosforecentes – simplesmente não combina com o que "sobrou" do decor anterior, destoando totalmente das pastilhinhas verde-sujo antiquadas que ainda restaram aqui e ali.

Pior foi o que fizeram em uma das entradas, que tem uma rampa descendente. Algum "especialista" responsável por essa comédia de erros resolveu, em determinado momento, encerar o piso de cerâmica lisa. Resultado: o povo começou a, literalmente, escorregar ladeira abaixo, e não foram poucas as vezes em que observei mulheres de salto alto obrigadas a exibir-se em uma dança cômica para não se estatelar no chão (eu mesma passei por isso umas duas vezes e me achei completamente ridícula em ambas). A "solução" encontrada para o problema? Atravessar o chão com riscas diagonais de material anti-derrapante amarelo (complementando lindamente o azul-verde-laranja das paredes) que, menos de um mês depois, já começavam a se desgastar em vários pontos.

Diante desse exemplo, o seguinte texto disponível no site do Metrô ganha ares de ironia:

"Pensando nisso, o Metrô Rio iniciou um aprofundado estudo no intuito de identificar obstáculos arquitetônicos existentes nas estações e em seus entornos. Com base nesse estudo, a empresa procurou tecnologias disponíveis que pudessem ser adaptadas à realidade de cada estação a fim de eliminar barreiras físicas, atendendo assim às necessidades de todos."

Alguns irão afirmar que isso tudo é apenas uma questão estética. Eu admito; certamente há quem ache esse estilo de "design" (até me doi usar essa palavra) de interiores bonito. Afinal, há gosto pra tudo.

Mas, enquanto isso, os serviços continuam na progressiva corrida descendente iniciada com a inauguração do novo sistema de linhas.

É simplesmente impossível adivinhar o que se passava na cabeça da criatura (ou associação de criaturas) que resolveu tornar a estação Botafogo um ponto de baldeação para a Pavuna. A estação perceptivelmente não tem área suficiente para comportar o novo volume de passageiros (principalmente nos horários de pico) e o que se vê, diariamente, é uma turba de gente se empurrando, para entrar no trem, que frequentemente ameaça virar balbúrdia ou até violência. A coisa toda, aliás, lembra muito aquelas cenas de faroeste no qual os vaqueiros "tocam" o gado pra dentro do curral... Na confusão para embarcar, fiofó de bêbado não tem dono e todos os gatos são lebres: vai todo mundo junto, seja velhinho, gente com criança de colo, cego, deficiente, empresário, madame ou trabalhador braçal. E o mesmo se repete onde quer que haja mudança de linha – na estação Central, principalmente, a única explicação para ninguém ainda ter caido nos trilhos é uma provável intervenção divina (Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil, deve bater ponto na Central, coitada).

E dá-lhe seguranças correndo pra lá e pra cá...

O que leva a uma outra triste constatação: nunca, em toda a sua história, o Metrô esteve tão sujo ou teve uma manutenção tão deficiente. Mais clientes significam, obviamente, uma produção de resíduos maior, assim como uma maior possibilidade de avarias nos equipamentos e materiais. Mas, qual a justificativa para que uma porta de passagem entre vagões (que deveria permanecer permanentemente fechada por motivos de segurança) permaneça com a fechadura quebrada durante mais de uma semana? E quanto aos vidros das janelas permanentemente emendados com fita adesiva? E os estofamentos dos assentos, originalmente coloridos, que assumiram uma cor quase fumê por conta da falta de limpeza? E o lixo no chão, meu Deus? Será que não dá pra varrer os vagões de vez em quando?

Isso sem contar os atrasos, as filas intermináveis para comprar bilhetes... Na estação Botafogo pós-reforma, aliás, há 8 máquinas de venda automática que viraram elemento decorativo, porque estão encostadas num canto, carecendo de instalação, já faz um bom tempo...

Escapa, da interminável lista de problemas, a cordialidade de alguns funcionários (uma bilheteira da Central que está sempre sorridente, um segurança da Siqueira Campos que não se furta a ajudar quem entra de bicicleta na estação). Entretanto, creio essa boa educação não é fruto de treinamento; essas pessoas seriam boa gente em qualquer lugar.

Ok, este é um post recheado de mau humor. Mas quem é obrigado a "usufruir" dos serviços do Metrô diariamente há de compreender que é um mau humor justificado, e não uma simples demonstração de ranhetice*.

* Por falar em ranhetice: devo ser muito obtusa mesmo, porquê não consigo captar porque tantas pessoas de idade, obviamente aposentadas, precisam saracotear pela rua durante os horários de pico, quando o volume de passageiros é maior e há menos lugares disponíveis. Claro que os velhinhos também têm o direito (de modo geral, adquirido e muito justificado) de passear e resolver problemas fora de casa. Mas, não seria melhor e mais confortável esperar todo mundo chegar no trabalho? De qualquer forma, enquanto tenho pernas funcionais, não me custa ceder o lugar a um idoso – desde que a criatura não me fuzile com um esgar de repreensão antes mesmo de saber se vou oferecê-lo. 'Inda outro dia, uma velhota até me deu um cutucão, acompanhado de um singelo "Deixa eu sentar aí!" (tadinha, de tão senil deve ter esquecido a educação...). Levantei "no susto" mas ela deveria ter incomodado mesmo o camarada sentado ao meu lado, na faixa dos 30 anos, claramente menos "cansado de guerra" do que eu e que – surpresa! – deu uma de "João sem braço" e fez que não viu nada. Definitivamente, devo ter cara de quem não gosta de viajar sentada (ou de otária), porque quase sempre acabo viajando de pé. E olhem que não ando com a coluna em muito bom estado...

E os cartazes repletos de auto-indulgência espalhados pelas paredes das estações continuam alardeando a qualidade dos serviços do Metrô... Eita, Brasil!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

 Meme dos 4

Esste meme me foi indicado pela Beth, do blog Noites em Claro, que não parece ter botado muita fé na minha chance de lhe dar atenção, já que acrescentou uma exclamação muuuuito "esperta" ao lado da minha indicação.

(risos)

Como sempre é bom surpreender os amigos (principalmente se for de forma positiva) e o meme é bacaninha, seguem as minhas respostas – e com acréscimos, porque estou me sentindo criativa!

TRABALHOS QUE JÁ FIZ
1. Designer gráfica
2. Desenhista e roteirista da revista O Menino Maluquinho, do Ziraldo.
3. Desenhista de storyboards para a Globograph, empresa de computação gráfica da Rede Globo
4. Layoutista de publicidade

(Ok, é tudo mais ou menos parecido, mas...)

LUGARES EM QUE VIVI
1. Rio de Janeiro
2. Tijuca
3. Botafogo
4. A barriga da minha mãe

PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTIA QUANDO CRIANÇA
1. O Globinho Supercolorido
2. A Princesa e o Cavaleiro (escondida da minha mãe, que achava anime uma coisa totalmente alienígena)
3. Vila Sésamo
4. Show do Moacyr Franco (e ainda queria me casar com ele!)

PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTO AGORA (Porque criança eu ainda sou)
1. Supernatural
2. House
3. The Big Bang Theory
4. Doctor Who

QUATRO LUGARES EM QUE ESTIVE E VOLTARIA
1. Ferelden
2. A Grécia de God of War
3. Pulse
4. Silent Hill

(Estas respostas só os "iniciados" entenderão mas... Fazer o quê? Sou ligada em viagens virtuais...)

VIDEOGAMES PREFERIDOS
1. Dragon Age
2. God of War
3. Prince of Persia
4. Guitar Hero

QUATRO LUGARES EM QUE DESEJARIA ESTAR
1. Nova Iorque (sonho de consumo para a lua de mel)
2. Londres (com sério risco de não voltar...)
3. Cairo (apenas se pudesse enfrentar a claustrofobia e entrar numa pirâmide)
4. Qualquer planeta alienígena classe M com habitantes legais e discos voadores

FORMAS DIFERENTES COMO ME CHAMAM
1. Pata (apelido de infância!)
2. Pat Ferret (um "presente" das amigas da internet, que colou)
3. Medina
4. Vida (esse só uma pessoa pode usar...)

QUATRO COMIDAS FAVORITAS
1. Camarão ao alho e óleo com batata frita
2. Frango à cubana
3. Sushi
4. Sorvete de milho verde

QUATRO BEBIDAS FAVORITAS
1. Manhattan
2. Caipirinha de limão com gengibre e hortelã
3. Dry martini
4. Marguerita

(Eu não podia deixar de acrescentar esse item...)

QUATRO LIVROS DE CABECEIRA
1. O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien
2. Razão e Sensibilidade, de Jane Austen
3. Qualquer exemplar da série Discworld, de Terry Pratchet
4. Algum livro sobre animais de estimação

QUEM NÃO FALTA NO MEU IPOD
1. The Alan Parsons Project
2. Ella Fitzgerald
3. Sarah MacLachlan
4. Peter Gabriel

NÃO VIVO SEM
1. Meu amor
2. Minha cachorrinha
3. Meus gatos
4. Meus ferrets

ESPERO QUE ESTE ANO EU POSSA...
2010 já não dá para quase mais nada, não? Tudo o que espero mesmo é conseguir zerar as contas todas até o Natal. Já para o ano que vem, os planos são muuuuitos mas não vou contar, porque posso atrair o azar...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

 Ops...

Is your cat plotting to kill you?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

 Eppur si muove*


Vida é movimento. Do microcosmo atômico ao eterno espiralar das galáxias, onde quer que haja uma centelha da Criação, há algo que se move e continua perpetuamente em mutação.

Peguei-me questionando, então, por que há tanta gente que se recusa a sair do lugar. Gente que teimosamente insiste em continuar sendo como sempre foi, sem nunca admitir que viver, realmente VIVER (em caixa alta e negrito!), é assumir que a mudança não somente é necessária, como inevitável.

Há muitas dessas pessoas que "não chovem nem molham" circulando por aí, escondidas na multidão.

Algumas seguem tão fechadas em seus mundinhos que parecem quase invisíveis; é gente digna de pena, cuja passagem pelo Planeta terá poucas consequências porque, ao mesmo tempo em que não fazem bem a ninguém (nem a si mesmas), também não fazem mal. O típico "Zé Ninguém" é, em sua essência, alguém que não muda nunca, por falta de vontade e esforço ou porque, na verdade, não tem mesmo nenhum conteúdo a ser usado como ponto de partida.

Mas o perigo existe. Ele mora nas pessoas que vivem tão ensimesmadas nas próprias "verdades" e "certezas" que, recusando-se a admitir sua própria falibilidade e a necessidade de mudar para melhorar, acabam invadindo o espaço de quem as cerca, negando-lhes o direito à divergência de opinião e ao livre arbítrio.

É gente que "acha" muito, mas pouco sabe. Que tece julgamentos com facilidade, a partir de informações falsas e/ou incompletas. Que se julga dona de todas as respostas, mesmo de questões sobre as quais pouco, ou nenhum, conhecimento tem. Que, na usura de manter-se como é, acaba aprisionada em um universo mitomaníaco auto-infligido ao qual, acreditam, a realidade deve se "moldar" de acordo com seu conforto e conveniência – mesmo às custas do prejuízo de outrém.

Aqueles que são assim podem, obviamente, causar muito estrago à vida alheia. Felizmente, em sua maioria, eventualmente acabam alienando até quem lhes devota carinho genuíno, e acabam na solidão. Pensando bem, também são criaturas merecedoras de compaixão porque, no fundo, têm tão pouco conteúdo quanto os "Zés Ninguém": apenas não admitem o próprio vazio interior e fazem "pose" para disfarçar quão inseguras são.  

Quem sabe viver sempre dá boas vindas à mudança e, quando ela não vem, parte em sua busca. Viver é uma aventura cheia de perigos, mas nenhuma montanha russa, afinal, é divertida quando parada no chão.

Mesmo as mudanças que nos colocam em situações difíceis podem trazer dentro de si as sementes do aprendizado – e, ao aprendermos, é inevitável mudarmos para melhor. O "truque" está em ter a sutileza de perceber onde estão as pequenas lições que a vida nos dá e abraçá-las de peito aberto, sem medo das consequências.


* "Eppur si muove" ("no entanto ela se move") - frase supostamente pronunciada por Galileu Galillei após renegar a visão heliocêntrica do mundo perante o tribunal da Inquisição, em 1663.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

 Quinze coisas que eu não sei.

Ideia surrupiada do blog Noites em Claro, da Beth – que, por sua vez, a copiou de outro blog. A internet anda a passos largos (e tudo tem potencial para se transformar em meme)...

  1. Nadar. Ou entro n'água de boia, ou afundo como uma pedra; tenho certeza absoluta, aliás, de que morri afogada em alguma encarnação passada.
  2. Escrever, depois da recente Reforma Ortográfica. Hífens, acentos e afins tornaram-se um mistério indecifrável, assim como a origem da vida, para onde vamos após a morte ou o destino do Universo.
  3. Costurar. Quis aprender quando pequena, mas minha mãe – que sempre foi uma excelente costureira – não permitiu (sabe-se lá por quê). Agora, não sei nem pregar botão. 
  4. Fazer tricô e crochê, embora uma tia velhinha minha, há muito falecida, tenha tentado me ensinar em diversas ocasiões. Os deuses da alta costura, definitivamente, me odeiam.
  5. Maltratar animais (o que já deve ser óbvio para quem acompanha este blog). Mas não teria qualquer pudor em dar uma boa sova em um ser humano, se achasse justo.
  6. Jogar xadrêz e pôquer. Tenho muita dificuldade com jogos que exijam raciocínio estratégico. Por sinal, também nunca aprendi a jogar War.
  7. Mentir, fingir ou dissimular. Minha falta de talento para isso, por sinal, aumenta em razão proporcional à gravidade da situação. Acho até que poderia ser atriz, mas daquelas bem canastronas...
  8. Gostar de novela. A única que acompanhei, meio paulatinamente, foi a versão original de Betty, a Feia, que me divertia pelo valor trash.
  9. Secar meu cabelo com secador. O resultado, para meu profundo desespero, nunca fica tão bacana quanto o do salão. Mas sou craque em maquiagem!
  10. Ser "política", principalmente quando isso me exige bajular quem não merece. O que já me causou alguns problemas mais ou menos sérios...
  11. Tomar café forte demais e sem adoçante. Os puristas ficam de cabelo em pé, mas...
  12. Andar de moto. Ainda.
  13. Gostar de viajar de avião, a não ser que me dêem uma dose tripla de scotch com Rivotril (ou uma marretada na cabeça). Mas entraria feliz na Enterprise...
  14. Ser leniente com gente preguiçosa, principalmente quando a preguiça é mental.
  15. Perdoar quem me comete uma injustiça. Já fui mais tolerante no passado mas acabei aprendendo, a duras penas, que as pessoas capazes de injustiçar jamais param na primeira tentativa. Agora, sou adepta do princípio escreveu, não leu, o pau comeu": quem não sabe me tratar com respeito, não merece reciprocidade; quem é legal comigo, em contrapartida, recebe de volta uma lealdade quase canina.

 Fuças Cotidianas I

Série de fotos* de alto valor socioantropológico (e profundamente tragicômico), tiradas com o iPhone numa certa esquina de Copacabana.

* Os pudicos que me perdoem; até pensei em usar o Photoshop para "censurar" um tantinho as fotos, mas elas ficariam um borrão só...