quarta-feira, 1 de abril de 2009

 Causos de ferrets - I

Eis Merlin, em toda a sua glória (e língua).

O Fuça de Ferret 'tá mesmo ficando muito chique: já estou até recebendo "encomendas" de posts!

O Felipe, do blog Presente a limpo, me pediu algumas histórias de ferrets. Não podia ter-me solicitado uma pauta mais tranquila: esses peludinhos são experts contumazes na "Arte" de fazer "arte".

Um dos episódios mais antológicos aconteceu por conta de Merlin, o saudosos ferret marrom – ou, para usar a nomenclatura correta, "sable" – da foto que ilustra a barra lateral do Fuça. O pequeno era mesmo um azougue e vivia inventando novas traquinagens para aprontar, a ponto de eu e meu ex-marido o apelidarmos, carinhosamente, de Dr. Faz M****.

No começo (há uns bons 8 anos atrás) eram apenas os dois da foto, Merlin e Frodo. Naquela época, meus ferrets já ficavam soltos na área de serviço, com a porta da gaiola aberta para lhes garantir alguma liberdade, mas compartilhavam o espaço com um enorme – para as proporções de um ferret, principalmente – latão plástico de lixo.

Um belo dia, percebi que Merlin havia descoberto como escalar até o topo da gaiola e estava fazendo o latão de "ponte" até o tanque d'água. Fiquei preocupada, pois a faxineira o usava na limpeza da casa e algum detergente ou produto químico mais forte poderia deixar resíduos que, lambidos, certamente fariam mal ao pequeno.

O que fiz? Arrastei a lata para a extremidade oposta da área de serviço, bem longe do tanque, e tirei o problema da cabeça pois o considerei resolvido.

Uns dois dias depois, estava eu na cozinha, preparando um suco, e vejo Merlin subir na gaiola. Como sabia do que o peludim era capaz, resolvi observá-lo de longe e verificar como estava se adaptando às novas características de seu habitat.

O pequeno olhou para o tanque e olhou pro latão, lá do outro lado. Fez uns movimentos de cabeça, calculando a possibilidade de um salto e, demonstrando muito bom senso, desistiu. E, mais uma vez, olhou para o tanque e olhou pro latão com uma expressão, no rostinho, que eu só poderia chamar de "pensativa".

Foi então que, bem diante dos meus olhos, Merlin desceu da gaiola, foi até o latão (que, nesse dia, havia sido providencialmente esvaziado e estava muito mais leve do que de costume), o empurrou de volta para o lugar em que ficava anteriormente, subiu novamente na gaiola e entrou no tanque, exatamente como costumava fazer.

Diante de tamanha demonstração de superioridade intelectual, só me restava mesmo jogar a toalha e declarar a luta perdida por nocaute: no dia seguinte, a faxineira foi proibida de usar o tanque. Afinal de contas, minha casa tem banheira.

Fazer o quê?

Hoje, com quatro ferrets, o latão foi definitivamente expulso da área de serviço e se encontra... bem... no meio da cozinha (apartamento pequeno tem dessas coisas...). Vivo muito mais tranquila sabendo que sou EU quem divide espaço com o lixo: de certo que não é uma prática higiênica, mas me economiza em tranquilizantes.

Fuças do mesmo bando!



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5 comentários:

Felipe disse...

HAhahaha cara, quem nao tem bicho na vê graça, mas morri de rir aqui, imaginando as caras do Merlin... hahahaha Pior, imaginando a sua!
hasuiahusa
Obrigado por me atender! Conta sempre que puder!

Lilly disse...

Tô pasma... não acredito que ele fez isso!!

Pat Ferret disse...

Pois é. A gente vê um animalzinho tão pequeno e imagina que, tendo um cérebro proporcional ao tamanho, eles não podem ser muito inteligentes.

Ledo engano! Rsrsrs

Felipe disse...

Eiiiiiiiiiiiiiii eu quero mais causos! Impossivel nao tem mais! Ferrets sao foda!
Eu fui uma vez ver um num petshop e só de eu colocar a mão no cernado dele, ele agarrou minha camisa e subiu pelo braço, parando na minha nuca! Entao imagina um monte em casa!
Contaaaaaaaaaaaa

Pat Ferret disse...

Rsrsrs... Calma, moço! Tô atrasada com um selinho que me deram e, assim que conseguir, conto mais algum causo.

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