segunda-feira, 24 de novembro de 2008

 Coisas que só o karma explica!

Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Eventos recentes ofereceram-me provas diversas de que este é um ditado completamente equivocado, mas a noção de que existe um "Inferno Astral" a espera de cada um – e de que essa é a minha vez, mas passará – vem-me mantendo de pé (ainda que meio aos trancos e barrancos). Me pergunto, no entanto, se o Universo não tem exagerado um "tantinho" no exercício da ironia, margeando o sadismo... Porque assim, também, já está demais!...

ODEIO baratas. Se Deus existe e a Criação é sua Obra, as baratas certamente são a) Uma declaração de que o Diabo também é real ou b) Uma prova de que ELE(A), em toda sua onipotência/onisciência*, é um(a) tremendo(a) d'um(a) sacana. Se, algum dia, a Terra for invadida por alienígenas insetóides (muito improvável, considerando as teorias sobre os "grays" e os "reptilianos" que apenas os ufófilos/ufólogos de plantão entendem), eles certamente terão cara de barata, como o alien do filme Homens de Preto. Porque não há criatura mais nojenta, desagradável, incômoda e inconveniente, na face da Terra, do que a "boa" e velha Periplaneta americana (os mosquitos até chegam perto, mas ainda perdem – mesmo fazendo um barulhinho mais irritante).

* Nota metafísica pertinente: o conceito de "onisciência divina" foge em muito à minha compreensão pois, se alguém é "onisciente", a ignorância certamente é algo que lhe escapa. Como pode alguém conhecer TUDO, se não sabe o que é "desconhecer"? Mas... voltemos ao assunto em pauta:

Dormia eu tranquilamente, noite passada, quando fui acordada por um pressentimento (estranhamente, meu sexto sentido parece funcionar em conluio com o Universo e nunca me informa qualquer coisa de realmente agradável ou útil, como os números da Mega Sena). Sobressaltada, resolvi verificar se os ferrets (que vivem soltos em minha área de serviço) passavam bem, e lá estava ELA: uma "bela" d'uma nojentinha passeando alegremente pra lá e pra cá, totalmente alheia ao fato de que, MUITO perto, havia oito grandes predadores sequiosos por uma boa caçada (claro que estou falando dos ferrets e dos gatos, não de mim – se EU pudesse escolher, jamais veria uma outra barata na vida).

Qualquer dono de gato minimamente experiente sabe perfeitamente que baratas são um "brinquedo" maravilhoso. Elas se movem depressa – que diversão! – e têm um "aroma" que somente os mamíferos predadores mais bem equipados (coisa que os humanos já deixaram de ser há tempos) conseguem apreciar. Quem tem gatos sabe, também, que baratas dão ótimos PRESENTES para os donos – logo, lá fui eu, às 3:00 da matina, matar a "mardita" antes que alguém resolvesse me agraciar com a visão matutina de um cadáver fresquinho no travesseiro, ao lado da minha cabeça.

Tentem não rir ao imaginar a cena: eu, sonolenta e descabelada, de camisola, tentando exterminar o monstro com uma vassoura* enquanto afastava os gatos (altamente instigados a exercitar seus instintos predatórios) com um dos pés. A tarefa me tomou quase uma hora pois, mesmo depois de finalmente atordoar a praga (porque, claro, sempre sobra pelo menos uma "perninha" estrebuchante, nem que seja só para nos criar ânsia de vômito), ainda tive que lavar toda a área de serviço com desinfetante veterinário e tomar um bom banho pra espantar a sensação de asco de minh'alma.

* Nota: ao contrário do que relata o imaginário popular, vassouras são péssimas armas anti-baratas.

Sei que não sou muito flor que se cheire e devo ter cometido minha cota de atrocidades em outras encarnações (frequentemente, tenho a sensação extrema de que fui Kublai Khan), mas acho que meu karma já está exagerando na dose. Pra arrematar a piada, depois do "safari" noturno, ainda acordei e encontrei os restos mortais de uma OUTRA barata (já meio coberta por uma legião de formigas famintas) bem no meio da minha sala*. As Nornes, a essa altura, devem estar rolando de rir.

* Só pra registrar, antes que me tachem de "porquinha": todas essas baratas são oriundas de uma obra que está sendo feita no apartamento vizinho e entram em minha casa pela janela. Não tenho qualquer controle sobre a invasão!

Se bem que podia ser MUITO pior: meu travesseiro, pelo menos, continua incólume.

P.S. - Quem mais aí se lembra da baratinha do Rodox?

Fuças do mesmo bando!



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4 comentários:

disse...

"Nota metafísica pertinente: o conceito de "onisciência divina" foge em muito à minha compreensão pois, se alguém é "onisciente", a ignorância certamente é algo que lhe escapa. Como pode alguém conhecer TUDO, se não sabe o que é "desconhecer"? Mas... voltemos ao assunto em pauta:"

Pat, segundo tudo aquilo q pude apreender de minhas diversas fontes esotéricas, aquilo q se costuma chamar de Deus não é "alguém", não se trata de um indivíduo, de modo algum, mas, sim, o conjunto de toda a energia, um princípio necessariamente dual, no mínimo, posto q nada pode agir sobre algo q inexista. Desse modo, no tocante ao conhecimento pleno, este pressupõe, necessariamente, o seu oposto. Se o Universo fosse chato (plano), ainda assim haveria duas faces para toda a sua extensão. Como é dividido em oitavas... oops, time to stop, now... tooooo much info!

disse...

A propósito: a leitura das letrinhas vermelhas sobre fundo preto tá difííícil...

Pat Ferret disse...

Vixe, vc não "captou" – o comentário é totalmente irônico... Rsrsrsrs

Qto às letrinhas vermelhas, elas estão assim de propósito pois são observações que quebram o ritmo do texto. De qualquer forma, para facilitar a leitura, basta usar o mouse para MARCAR o trecho... ;-)

disse...

Eu não tenho captado muita coisa irônica, ultimamente, andei levando tudo muito a sério...

Who cares? Neither Alfred E. Neuman nor anyone else... but I do.

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