segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

 Um sushi muito, muito caro

Foto de Kreesteenex3

Meu ex-marido é um indivíduo extremamente distraído e de péssima memória. Tanto que, por conta de seus frequentes ataques de esquecimento, minha tendência ao TOC cresceu exponencialmente e acabei desenvolvendo certos "rituais" de segurança completamente obsessivos – antes de sair, por exemplo, preciso checar os registros de gás e as trancas das portas e janelas pelo menos duas vezes – que perduram até hoje, quase quatro anos após a separação*.

* Antes que o leitor me faça acusações, é bom dizer que essa não é – como acontece tantas vezes – uma afirmação caluniosa resultante de trauma devido ao divórcio (até porque eu não sou um ser humano dado a rancores). Ele mesmo costuma dizer que o verbo "esquecer" jamais deveria ser conjugado junto a seu nome, pela redundância de significados!

Essa sua característica singular deu origem a diversos momentos de anedotário memoráveis. Um deles aconteceu em um restaurante japonês, durante os primórdios da febre do rodízio de sushi, e foi testemunhado pelo meu grande amigo , do blog Pedaço de Mim.

Sentamo-nos à mesa e, depois de rápida consulta ao cardápio, resolvemos pedir o rodízio, mais em conta no preço e com uma variedade de opções que atenderia o gosto dos três.

As regras do rodízio estabeleciam que qualquer peça de sushi ou sashimi pedida adicionalmente àquelas da primeira barca servida significaria um acréscimo de R$ 0,60 à conta, caso fosse devolvida. Não me importei, pois a quantidade de sushi inicial era mais do que suficiente para nós três e, de qualquer forma, um ou dois reais a mais a pagar não feririam tanto assim os nossos bolsos.

Um sushi aqui, um pouco de papo ali, um sashimi acolá, eis que eu e Má nos vimos totalmente empanzinados. Enquanto isso, meu ex-marido (que adora comida japonesa) ia glutonamente botando para dentro uma peça após a outra: um a um, os sushis de camarão, atum e salmão, os hot rolls, salmon skins e califórnias foram sumindo da barca, até que restou apenas um punhado de cinco ou seis.

Foi nessa hora que olhei para ele e percebi que estava com "cara de quem não quer mais". Na verdade, só lhe faltava começar a esconder sushis nos bolsos, porque seu jeito era todo de quem já se encontrava totalmente enauseado, comendo apenas para não deixar nenhuma sobra no prato, digo, barca.

"Se você está tão cheio, por que não para de comer?" – perguntei.

Então, ouvimos a frase que entrou para a história:

"Você tá maluca? Cada sushi que sobrar vai custar sessenta REAIS!"

Sem mais comentários.

Fuças do mesmo bando!



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7 comentários:

Anônimo disse...

rsrsrsrrsrsrsrs

disse...

Eu quase coloquei tudo pra fora, de tanto rir! O melhor de tudo foi a cara dele, depois, quando soube do preço real de cada peça. Impagável!

Pat Ferret disse...

E, pra ninguém dizer que sou uma pessoa injusta e desleal, avisei o figura pelo Orkut. Vamos ver se ele aparece pra comentar... Rsrsrsrs

Bernard disse...

OK, eu confirmo aqui o fato relatado! Eu REALMENTE fiz isso!!! Não aguentava mais tanto shushi!!!

Pior é que chegando em casa um casal de amigos convidou para ir num fondue na casa deles e eu só disse "Nãaaooo... não aguento comer mais nada... tô passando mal de tanto comer sushiiiiii..." HAHAHAHAHA...

E sim... eu sou, e continuo sendo, terrivelmente distraido e esquecido.

Pat Ferret disse...

Tanto que até nem se lembra que o convite pro fondue foi ainda no restaurante, pelo celular! HUAHUAHUAHUAH!

Mas vcs vêem que não sou mentirosa... Rsrsrsrs ;-)

disse...

O mais engraçado é que estou rindo alto. Ai, ai. rsss
Bjo

Lilly disse...

Pois é, eu ia dizer, esquecido não... talvez distraído! Acho que é "homens são de Marte, mulheres são de Vênus", eu tb tive o meu TOC acentuado.... por n situações...

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