sábado, 28 de fevereiro de 2009

 Ainda muito prosa, mas também reflexiva...


Recebi da amiga
Lilly, do blog Realizando Sonhos, o notório selinho do Prêmio Dardos. É o segundo selo oferecido ao Fuça de Ferret em menos de uma semana – nada mal para um blog quase recém-nascido e que só fala do que interessa à sua autora...

Claro que, curiosa como sou, fui à cata da origem da "premiação". Acabei encontrando uma crônica bastante informativa, no site Yahooposts, da qual faço um extrato:


"Respeito quem se sente genuinamente feliz por ter sido lembrado por alguém e contemplado com esse selo, (...) mas convenhamos: não é difícil constatar que, se todo premiado desatar a indicar outros colegas e camaradas, como num daqueles esquemas de pirâmide, em pouco tempo toda a blogosfera estampará essa comenda."

Sobre "prêmios" e discussões em blogs – por Alexandre Inagaki

Sou obrigada a concordar: o termo "prêmio", usado em relação a uma mera "figurinha" digital distribuída como meme, parece mesmo um tantinho carregado de arrogância e presunção.

Mas sinto que o verdadeiro valor dos selinhos blogueiros vai na direção oposta à das prêmiações grandiloquentes – está, simplesmente, na sutil e prazerosa sensação de orgulho oriunda de saber que o que escrevemos tem virtudes capazes de fazer alguém não somente se dispor a doar tempo para sua leitura, mas também se identificar a ponto de querer reconhecê-lo publicamente.

São esses pequenos gestos fraternais que tornam a atividade blogueira – no fundo, bastante solitária – tão estimulante. Afinal, cada uma das palavras colocadas nas páginas de um blog traz um pouquinho do blogueiro que as digitou e a aceitação do que dizemos é, por extensão, a aceitação daquilo em que acreditamos e do que somos como pessoas.


Só me resta, então, dizer: obrigada pelo carinho!


Em tempo: em vez de simplesmente repassar esse selo, farei uso de meus dotes profissionais e, em breve, presentearei meus camaradas blogueiros mais ativos com um selinho exclusivo do Fuça de Ferret! Aguardem!

 Que cuti-cuti!


Tempo ocioso + paciência + acesso à internet = descobertas legais.

Os leitores de Sandman reconhecerão, nas fotos, a Morte e o Coríntio, duas das personagens mais antológicas de Neil Gaiman, em divertidas versões em papel.

O site de Jason Edward traz diversos de seus Boxpunxs para download, inclusive duas séries com personagens da Marvel Comics
. Sooooo cute!

Aparentemente, montar paper toys é um hobby em ascenção, pois há inúmeros sites dedicados, na net, de onde podem ser baixados modelos de animais, super-heróis, personagens de desenho animado e filmes, e até de figuras históricas como Barack Obama!


Dá vontade de voltar a ser criança (e ter tempo para brincar com esses mimos)!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

 Eu detesto gente que...

... parece ter vindo ao mundo somente para "causar".

Eis uma das grandes certezas da Internet: cedo ou tarde, toda lista de discussão, comunidade do Orkut ou blog acaba topando com pelo menos uma dessas pragas que, em vez de gastarem seu tempo disponível (aparentemente, bastante vasto) em algo divertido, criativo, produtivo ou benéfico para outrém, preferem atazanar quem o está fazendo.

Seus comentários parecem todos tediosamente saídos da mesma forma: invariavelmente, (ab)usam de linguagem
sarcástica, agressiva ou, mesmo, de baixo calão e quase nunca trazem algum conteúdo realmente relevante para o andamento da discussão em pauta. Não importa, pois o objetivo é, meramente, a polêmica pela polêmica. Tanto que, com bastante frequência, eles simplesmente dão a primeira cutucada e se retiram, covardemente, para ver o "circo pegar fogo" à distância (o que não lhes seria possível na "vida real").

"Falem mal, mas falem de mim!" certamente é seu mote, até quando se escondem por trás da armadura do anonimato.


Que criaturas mais vazias e dignas de pena! Mesmo porque, muitas vezes, não carecem de inteliência e talentos
apenas os subutilizam.

Infelizmente, para cada iniciativa realmente criativa que brota do solo fértil da Internet, nasce um sem número de ervas daninhas. A globalização e a inclusão digital, embora tragam consigo o benefício da democracia, também abrem espaço para a proliferação de comportamentos deviantes, que vão da perversidade à perversão.

No cômputo final, quem dera os
"causadores" fossem o único ônus a ser pago pela liberdade digital... Porque a solução, no caso deles, é tão somente fechar os olhos algo totalmente impraticável em outras circunstâncias.

 Tô toda prosa!

O carnaval não costuma ser época para presentes, mas o Fuça de Ferret
ganhou
um mesmo assim: eis nosso primeiro selinho de aprovação
pela comunidade
blogueira, gentilmente concedido pelas meninas do
Elas e Eles, blog
escrito e frequentado por gente muito bacana e antenada.

Agora não tem mais volta:
a gente veio, fuçou e venceu!
U-hu!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

 Whaaaat?

'xa eu ver se entendi direitinho:
Um musical do Homem-Aranha. Na Broadway. Com música de Bono e the Edge.

Aaaaaah, tá.

Não deixa de ter sua lógica: afinal, o Fim do Mundo está marcado pra 2012 e todo evento cósmico apocalíptico deve mesmo ter alguns acontecimentos a prenunciá-lo, para não pegar a Humanidade totalmente de surpresa. As nuvens de gafanhotos, pragas matadoras de primogênitos e rios de sangue já estão muito démodé, ergo...

A notícia está no Omelete.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

 Skindô, skindô, QUE LELÊ!

Ok, está cientificamente comprovado: eu e o Carnaval não somos dimensionalmente compatíveis. É absolutamente certo, aliás, que nosso encontro em um mesmo ambiente acarretará efeitos físicos totalmente imprevisíveis, tal qual o choque entre matéria e anti-matéria; com alguma sorte, será criado um buraco negro que, antes de me sugar, absorverá todo o som à minha volta – eu até morrerei feliz, se me for em silêncio absoluto.

Não, eu não quero mamar. E estou pouco ligando se o Zezé é bicha e a Maria, Sapatão. Aliás, continuarei não dando a mínima ainda que os dois resolvam chamar a Aurora que não é sincera e a Morena Bossa Nova para um bacanal digno de Calígula – desde que a folia não aconteça na praça em frente à minha casa!

A tortura durou mais de seis horas. Entre batuques, apitos e um permanente burburinho de vozes pré-humanas cada vez mais inebriadas, fui obrigada a aturar o cruel assassinato de todas as marchinhas de carnaval e sambas jamais compostos, e até de algumas músicas de Madonna (!), New Order (!!) e Amy Winehouse (!!!!!!!!!!!!!!), por uma voz de gênero completamente indefinível mas muito, muito desafinada mesmo.

Tudo, claro, com acompanhamento da minha cachorrinha que, tendo algum bom gosto musical, resolveu deixar seu desagrado evidente, em alto em bom som, latindo sem parar do começo ao fim dos folguedos.

Por um momento, pensei em colocar no meu CD player algum rock progressivo das antigas ou um heavy-metal bem barulhento e virar as caixas para a varanda, mas minha aparelhagem não é grande coisa e perderia em decibéis. Então, fui para o quarto, liguei o ar-condicionado e aumentei o volume da televisão ao máximo. A emenda foi pior do que o soneto: o som tonitruantemente monocórdio da voz do(a?) cantor(a?) passou a me atingir em estéreo, vindo da sala e através da janela do quarto.

Para minha surpresa, senti uma profunda inveja do pessoal na praça que, a essa altura, de tão bêbados, apreciariam até a Habanera interpretada por uma elefanta.

Pelo que percebi, essa agressão aos moradores das vizinhanças foi autorizada pela Prefeitura (como sinto orgulho de meu voto nulo!). Então, para dar alguma impressão de organização ao "evento", a criatura ao microfone tentou urgir os bebuns que pulavam (e pululavam) na praça a catarem seu lixo antes de irem embora. Claro que ninguém fez porcaria nenhuma – até porque a porcaria já estava toda feita. E ouso apostar que nem mesmo os garis o farão, pelo menos até quinta-feira.

Era tudo o que eu havia pedido para o feriadão: virar uma prisioneira acústica da minha própria residência.

Mas, tenho um consolo: assim que os últimos resquícios dessa barulheira infernal tiverem abandonado a praça, vou ligar meu Playstation e jogar Guitar Hero Legends of Rock durante umas três horas seguidas. Se isso não me desopilar, pelo menos, ajudará a reestabelecer o equilíbrio das energias cósmicas nos arredores.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

 Fuças Memoráveis!

Como nepotismo demais nunca é bobagem, eis outra fuça da família:
esta fofíssima careta é do Yargo, filhote dos meus "irmãos adotivos", Alexandre e Mauro.
Parece mesmo algo temperamental, mas é porque todo persa tem uma alma de "diva"!...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

 Onde? Quando? Como? Quem?

Minha memória e eu nunca fomos grandes amigas. Tenho tanta dificuldade em guardar fatos e datas que costumo afirmar, galhofeiramente, "ter muita RAM mas pouquíssimo espaço em disco". Alguns amigos muito íntimos – e, por isso mesmo, bastante atrevidos – até me cunharam o singelo apelido "Peixinho Dourado", porque minha capacidade de retenção de informações, supostamente, seria de apenas 3 segundos*.

* Na verdade, a idéia de os peixes teriam apenas memória de curto prazo não passa de uma lenda urbana que já foi desmistificada por alguns estudos. A minha é ruim mesmo.

Como a passagem inexorável do tempo não melhora a qualidade do cérebro de ninguém, essa minha tendência ao esquecimento vem-se tornando uma preocupação cada vez mais presente para mim. Imagino-me daqui a uns 30 anos: uma velhinha de cabelos totalmente brancos (ou azuis – pode ser que, até lá, eu "despiroque" de vez), meio encurvadinha, banguela, completamente gagá e capaz de esquecer-se até do mingau que acabou de comer*. Compadeço-me, por antecipação, do pobre enfermeiro que for cuidar de mim...

* Não sei quanto ao leitor, mas a idéia de tomar o mesmo mingau várias vezes, por puro esquecimento, me causa profundo horror.

A verdade é que sempre sinto uma pontada de inveja "branca" quando ouço alguém relatar acontecimentos da infância ou adolescência como se não tivessem ocorrido há mais de uma semana. Porque, para mim, as recordações do passado distante são tremendamente enevoadas, difusas e quase sempre se apresentam em "nacos" de memória esparsa, como se fossem partes de um quebra-cabeças totalmente desmontado do qual metade das peças já se perdeu e a outra metade desbotou.

Meu passado não é um filme, mas vários traillers.

De certas pessoas com as quais convivi nos meus primeiros anos de vida, como meus avós maternos, guardo lembranças extremamente turvas. Algumas, estranhamente, são tão somente sensoriais: mesmo depois de tantos anos, ainda consigo evocar o sabor divino dos suspiros feitos pela minha avó – eram pequenas gotas açucaradas, muito crocantes por fora e quase cruas por dentro, que derretiam quase instantaneamente ao serem colocadas sobre a língua. Nunca mais comi um suspiro assim!

Lembro-me com carinho, também, de uma tia-avó velhinha, pessoa cheia de ternura que tentou me ensinar a fazer tricô e crochê diversas vezes (eu, claro, não aprendi nadica). De tudo que vivemos juntas, consigo visualizar apenas uma imagem sua, sentada em um sofá no apartamento que me foi deixado de herança e, agora, é meu lar: uma velhinha pequenina, já muito idosa, tricotando cachecóis, casaquinhos de bebê e toalhas de mesa numa rapidez impressionante para seus bracinhos franzinos.

O que me deixa triste, porém, não é propriamente a escassez de memórias, mas saber que uma boa parte das que me restam certamente foi contaminada pela minha feroz imaginação que, ávida para preencher os vácuos de informação, me levou a registrar impressões totalmente equivocadas sobre certos fatos e pessoas.

De uma certa tia muito presente durante minha infância, por exemplo, só guardo um memento: sempre que ela nos visitava, eu invariavelmente ganhava um belo par de beliscões carinhosos em ambas as bochechas – um "singelo" cumprimento que eu, obviamente, abominava com todas as forças do meu pequeno ser mas suportava, mui estoicamente, por ser uma boa menina*. Essa tia faleceu de câncer, quando eu era ainda bem novinha, e a marca mais vívida que tenho da ocasião é do alívio que senti quando percebi que nunca mais levaria um beliscão da "bruxa". De certo que é horrível pensar algo assim de um parente que acabou de morrer, ainda mais de causa tão drástica. E minha aflição torna-se ainda maior quando ouço, de meus familiares, que ela era pessoa boníssima e gostava imensamente de mim!

* E, também, porque ouvi um tremendo sermão da minha mãe, na única vez em que tentei falar sobre o assunto.

Mas, meus neurônios defeituosos de fábrica me pregam peças e precisei desenvolver mecanismos para lidar com isso. Levei bastante tempo, mas acabei percebendo que importante, mesmo, não é a simples habilidade mecânica de registrar informações. Afinal, as filmadoras, gravadores e máquinas fotográficas também o fazem, com muito mais proficiência.

O que torna a passagem de alguém por este mundo realmente relevante é saber viver plenamente o presente, aprender com ele e carregar a sabedoria adquirida não somente no cérebro, mas também no coração. E, quanto a isto, estou tranquila – mesmo que, no futuro, acabe tomando o mesmo mingau algumas vezes.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

 10 Coisas...

... que eu acho realmente
muito, mas muito nojentas:

Uma buchada. E há quem goste disso!...
Fonte: Receitas de Comidas

  • As larvazinhas brancas de mosca que aparecem na lata de lixo, de um dia para o outro, como por geração espontânea.
  • Restos de barba e bigode recém-cortados na pia do banheiro (rapazes, prestem atenção!).
  • Assento de vaso sanitário molhado de xixi (um clássico que sempre merece menção!).
  • Poça d'água de esgoto (preciso comentar por quê?)
  • A Buchada de bode, sua contraparte escocesa, o haggis, e qualquer outro prato que tenha miolos como ingrediente. Eu seria uma ssima zumbi!
  • Gente que não toma banho e fica cheirando a "nhaca". E, seguindo a mesma linha de raciocínio: qualquer espécie de penteado que remeta a um dreadlock, mesmo que remotamente.
  • Roupa de baixo suja – se estiver vestida. Por extensão, também, quem a estiver usando.
  • Aquela sujeirazinha de composição indiscernível que vai-se acumulando no ralo da pia da cozinha, até entupi-lo, e só sai se a gente usar os dedos.
  • Baratas, principalmente se estiverem meio comidas por um gato e com as perninhas espalhadas pelos quatro pontos cardeais. É melhor encontrar uma viva!
  • Restos de comida "dormidos" dentro de panelas ou assadeiras. O que era delicioso, horas atrás, torna-se de embrulhar o estômago. E difícil de limpar.
E para vocês, o que é nojento?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

 Fuças memoráveis!

Fuça do dia: Lu, meu adorável gatoso gostoso!

 6 Verdades e 3 Mentiras

Sem muitas delongas, eis a solução do Meme:

• Sou viciada em café: chego a tomar umas dez xícaras por dia.

     Verdade. Café é meu único vício, adquirido durante uma dieta de fome meio louca que fiz anos atrás. Simplesmente não consigo cortar.

• Não sei nadar e quase morri afogada em uma corredeira, durante um rafting.
     Verdade. Caí na besteira de acreditar no instrutor, que disse ser seguro pular dentro d'água. A correnteza me arrastou e, se fosse uns 50m mais longa, eu certamente teria me afogado. Acho que sou imune a doenças transmitidas por água barrenta, porque nunca engoli tanta!

• Me divirto muito quando vou à gafieira e até danço direitinho.
     Verdade. Coisas que a gente descobre depois do divórcio... Consigo tirar proveito de qualquer programa, desde que saiba de antemão como vai ser, para poder ajustar minhas expectativas.

• Como gosto de cantar, acabei aprendendo a tocar violão, para sempre ter quem me acompanhasse.
     Mentira! Até tentei aprender, mas não sou disciplinada o bastante; meu violão elétrico Yamaha vive encostado e desafinado, coitadinho. Também fiz aulas de piano quando pequena, mas já esqueci tudo. Então, o máximo que me arrisco a tocar é pandeirola (e mal).

• Já tive sarampo, caxumba e catapora, mesmo tendo tomado todas as vacinas indicadas, quando criança.
     Verdade. O sarampo, particularmente, pregou um tremendo susto nos meus pais, pois a vacina que tomei foi importada dos EUA e custou caríssimo. Já a caxumba apareceu no meu último dia de aula no colégio Santo Amaro, em Botafogo – eu seria a narradora em uma apresentação teatral! E a catapora foi tardia, por volta dos 20 anos.

• Detesto cozinhar, principalmente se a receita for muito complexa. Ovo frito, pra mim, já tá bom!
     Mentira! Sou extremamente prendada nas artes culinárias: adoro arriscar-me em receitas com ingredientes variados e cozinhar para muita gente. Só não cozinho no dia-a-dia por falta de tempo e para evitar acidentes com a bicharada.

• Nunca fiz qualquer viagem internacional – o mais longe que já fui foi o balneário Camboriú, em Santa Catarina.
     Verdade. Isso até já surpreendeu uma amiga que acha que tenho uma cultura "cosmopolita" – é tudo aprendido em livros! Além do que, tenho fobia de avião...

• Nunca fui a um show do Roberto Carlos.
     Mentira! Fui a um, no Canecão, quando pequena. Tenho até foto (não com o Roberto, graças)!

• Já trabalhei para o Ziraldo.
     
Verdade. Ziraldo abriu um tremenda oportunidade profissional para mim, anos atrás: passei alguns meses desenhando e roteirizando para a revista do Menino Maluquinho. Sinto saudades...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

 Mea culpa, mea maxima culpa

"Mas... onde é que fica o aeroporto, nessa cidade tão pequenininha?"

Eu, Tico e Teco* na cidade de Congonhas (MG).

O pior é que, antes mesmo d'eu finalizar a pergunta, meu cérebro acordou, assustado com a súbita queda na pressão neurônica, e já foi bronqueando: "Sua MONGA! O Aeroporto é em SÃO PAULO! SÃO PAU-LO!!!"

Mas aí já era tarde demais: o impulso nervoso já tinha chegado na língua, para júbilo dos amigos que me acompanhavam na viagem.








* É, eu também tenho os meus "lourônios". Felizmente, eles só dão as caras muito raramente.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

 Meme (parcialmente) mentiroso

Uma coisa é certa: depois de morrer, vou ter que prestar contas a São Pedro por ter iniciado algumas blogueiras no vício do meme.

Vejam, por exemplo, minha amiga Lilly, do blog Realizando Sonhos:de tão adicta, já está até surrupiando os memes alheios!

Foi assim, por meios escusos, que este meme veio parar aqui. Vou responder, mas lavo as minhas mãos quanto ao roubo!

Eis as regras (não resisti editei tudo para que ficasse mais compreensível):

  1. Conte 9 coisas aleatórias a seu respeito: 6 verdades e 3 mentiras
  2. Indique o meme a alguns blogueiros.
  3. Os indicados deverão, além de cumprir o item nº 1, tentar adivinhar quais são as suas 3 mentiras.
  4. Depois das apostas, revele as respostas corretas.
  5. Não há especificação quanto à quantidade de blogueiros a serem indicados.
Eis meus fatos:
  • Sou viciada em café: chego a tomar umas dez xícaras por dia.
  • Não sei nadar e quase morri afogada em uma corredeira, durante um rafting.
  • Me divirto muito quando vou à gafieira e até danço direitinho.
  • Como gosto de cantar, acabei aprendendo a tocar violão, para sempre ter quem me acompanhasse.
  • Já tive sarampo, caxumba e catapora, mesmo tendo tomado todas as vacinas indicadas, quando criança.
  • Detesto cozinhar, principalmente se a receita for muito complexa. Ovo frito, pra mim, já tá bom!
  • Nunca fiz qualquer viagem internacional – o mais longe que já fui foi o balneário Camboriú, em Santa Catarina.
  • Nunca fui a um show do Roberto Carlos.
  • Já trabalhei para o Ziraldo.
Acho que as mentiras da Lilly (claro que é tudo chute) são:
  • Eu como doces todos os dias.
  • Adoro esportes ao ar livre.
  • Eu não sei nadar.
Minhas indicações para esse meme são, Beth e Val (preciso urgentemente conhecer mais blogueiros, porque acabo sempre indicando as mesmas pessoas!).

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

 Eu detesto gente que...

... faz campeonato de desgraça.

Não há quem não conheça alguma criatura assim:
  • Se você cai de cama devido a uma gripe, ela lhe conta sobre a ocasião em que quase morreu de gastroenterite e ficou internada durante 15 dias, sendo alimentada apenas no soro.
  • Você comenta que está com dor-de-cotovelo por uma desilusão amorosa, e ela desagua uma lista interminável de torturas sofridas durante seu divórcio litigioso.
  • Alguma situação no ambiente de trabalho incomoda? Não im-por-ta: ela acabou de ser demitida. E ainda lhe joga na cara que você não tem o direito de reclamar, porque a grande maioria da população brasileira em idade produtiva vive apenas da economia informal. Sem contar os pobrezinhos lá na África que ainda precisam lidar com a subnutrição, as guerras e a pandemia de AIDS!
Ave Maria!

Há gente que, simplesmente, não traz no DNA o gene do simancol. É uma gente totalmente incapaz de parar de cutucar o próprio umbigo, botar a cabeça zarolha para funcionar e perceber que, quando alguém está sofrendo, relatar um sofrimento ainda maior simplesmente não resolve. É até um tiro que pode sair pela culatra, porque exalar tanto baixo astral, certamente, deixa qualquer um ainda mais deprimido!

O que leva um ser humano a desenvolver essa mania de competir pelo prêmio de maior desventura? Necessidade de controle? Baixa auto-estima? Alguma noção distorcida de solidariedade? Ou seria mera vontade de espezinhar?

É claro que ninguém – pelo menos, ninguém privado de tendências sociopáticas – quer que as criancinhas da África passem fome. Mas, em termos de microcosmo, essa é uma questão (os deuses que me perdoem, mas é verdade) totalmente abstrata.

Não se trata de egocentrismo ou maldade, mas de um instinto de auto-preservação perfeitamente natural à espécie humana, anterior mesmo à época em que resolvermos ficar pelados e nos equilibrar sobre os dois pés. Lá na meiuca de nossa massa cinzenta, afinal, ainda existe um cérebro reptiliano que, de vez em quando, bota a cabecinha de fora e faz de tudo para estabelecer-se como o Alfa da "parada".

O cerne da questão é que, quando há uma dificuldade pessoal com consequências imediatas e tangíveis, o resto das agruras do mundo se torna extremamente irrelevante: uma simples unha encravada, para quem está com o dedão latejando de dor, é muito mais importante do que as guerras no Oriente Médio – ainda que o seja apenas momentaneamente.

Mesmo porque a dor é, em sua essência, uma atividade das mais solitárias.

O que se quer, nessas horas, não é sentir-se diminuído e humilhado pela maior intensidade da infelicidade alheia, mas receber alento. É ouvir coisas que acalentem, tranquilizem e ajudem o coração a encontrar forças e equilíbrio para solucionar o problema, lavar a alma e, somente então, plenamente recuperado, estender a mão e assumir a parcela cabida no cuidado do próximo e de suas aflições.

Felizmente, eu tenho amigos com boa genética...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

 Um sushi muito, muito caro

Foto de Kreesteenex3

Meu ex-marido é um indivíduo extremamente distraído e de péssima memória. Tanto que, por conta de seus frequentes ataques de esquecimento, minha tendência ao TOC cresceu exponencialmente e acabei desenvolvendo certos "rituais" de segurança completamente obsessivos – antes de sair, por exemplo, preciso checar os registros de gás e as trancas das portas e janelas pelo menos duas vezes – que perduram até hoje, quase quatro anos após a separação*.

* Antes que o leitor me faça acusações, é bom dizer que essa não é – como acontece tantas vezes – uma afirmação caluniosa resultante de trauma devido ao divórcio (até porque eu não sou um ser humano dado a rancores). Ele mesmo costuma dizer que o verbo "esquecer" jamais deveria ser conjugado junto a seu nome, pela redundância de significados!

Essa sua característica singular deu origem a diversos momentos de anedotário memoráveis. Um deles aconteceu em um restaurante japonês, durante os primórdios da febre do rodízio de sushi, e foi testemunhado pelo meu grande amigo , do blog Pedaço de Mim.

Sentamo-nos à mesa e, depois de rápida consulta ao cardápio, resolvemos pedir o rodízio, mais em conta no preço e com uma variedade de opções que atenderia o gosto dos três.

As regras do rodízio estabeleciam que qualquer peça de sushi ou sashimi pedida adicionalmente àquelas da primeira barca servida significaria um acréscimo de R$ 0,60 à conta, caso fosse devolvida. Não me importei, pois a quantidade de sushi inicial era mais do que suficiente para nós três e, de qualquer forma, um ou dois reais a mais a pagar não feririam tanto assim os nossos bolsos.

Um sushi aqui, um pouco de papo ali, um sashimi acolá, eis que eu e Má nos vimos totalmente empanzinados. Enquanto isso, meu ex-marido (que adora comida japonesa) ia glutonamente botando para dentro uma peça após a outra: um a um, os sushis de camarão, atum e salmão, os hot rolls, salmon skins e califórnias foram sumindo da barca, até que restou apenas um punhado de cinco ou seis.

Foi nessa hora que olhei para ele e percebi que estava com "cara de quem não quer mais". Na verdade, só lhe faltava começar a esconder sushis nos bolsos, porque seu jeito era todo de quem já se encontrava totalmente enauseado, comendo apenas para não deixar nenhuma sobra no prato, digo, barca.

"Se você está tão cheio, por que não para de comer?" – perguntei.

Então, ouvimos a frase que entrou para a história:

"Você tá maluca? Cada sushi que sobrar vai custar sessenta REAIS!"

Sem mais comentários.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

 Da Vinci e o ferret!

Dama com Arminho
Leonardo da Vinci, 1485-1490
Óleo sobre Painel
54,8 × 40,3 cm
Museu Czartoryski


Quem escavou essa pintura do fundão da minha memória foi minha amiga Aline (sempre distante mas nunca desaparecida)!

É ponto pacífico, entre aqueles que compreendem o comportamento dos mustelídeos, que o modelo da pintura não pode, em hipótese alguma, ter sido um arminho – se assim o fosse, da Vinci teria pintado Cecília Gallerani desgrenhada, com as roupas rasgadas e cheia de arranhões (e, talvez, com um dos dedos faltando). A chance, pois, é de que tenha sido um ferret, apropriadamente "maquiado" de arminho pelo pincel do gênio.

Da Vinci não é conhecido por ter finalizado muitas pinturas. Como o pintor, supostamente, era homossexual, imagino que a fofura de seu modelo peludo, mais do que a beleza da dama, tenha-lhe dado algum estímulo!

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dama_com_arminho

 Sou criançona, sim. E daí?

Sinceramente, me espanta a quantidade de pessoas à minha volta exigindo que eu "cresça".

"Videogame é coisa de criança! Você não deveria mais gostar disso!" é apenas um dos inúmeros despautérios que sempre sou forçada a ouvir.

A pergunta que não quer calar é: por quê?

Por que, como exigência indissociável do "processo de crescimento", eu deveria deixar de apreciar as coisas que me faziam sorrir quando criança? Mais: porque eu deveria abandoná-las por coisas que considero totalmente enfadonhas (mas que são culturalmente consideradas "de gente grande"), se isso apenas satisfaria uma imagem social totalmente ilusória do que é ser um "adulto responsável" e me tornaria completa e miseravelmente infeliz?

Eu não me considero uma pessoa imatura. Como todo ser humano normal, tenho momentos de dúvida e insegurança durante os quais gostaria de poder gritar "Socorro!" e voltar a me esconder atrás da barra da saia da mamãe – mas são momentos muito fugidios que se vão tão logo meu cérebro, cujo crescimento foi perfeitamente finalizado pelas descargas hormonais da adolescência e anos de estudo oficial e oficioso, se põe a trabalhar para resolver a situação que está me incomodando.

Eu trabalho (muito), tenho contas mensais para pagar e lido com todos os problemas diários que uma mulher bem instruída, independente e divorciada (não necessariamente nessa ordem) deve enfrentar para sobreviver. Eu saio para beber – às vezes, um tanto demais – com os amigos e meus relacionamentos íntimos não se limitam mais a suspiros platônicos, um eventual "selinho" e andar de mãos dadas. Como toda mulher crescida, eu me preocupo com a minha aparência e procuro melhorá-la com truques de maquiagem, idas ao cabeleireiro e boas roupas.

O surgimento irrefreável das primeiras rugas já começa a me assustar.

Ao longo dos meus quase 40 anos, meus gostos mudaram em diversos aspectos. Meu paladar se tornou mais refinado e, hoje, sou uma apreciadora contumaz de saladas e sopas (pratos que me causavam asco quando pequena). Adoro experimentar novos sabores, principalmente as culinárias étnicas. Meu ouvido se tornou mais afinado e tolerante e aprendi a apreciar todos os tipos de música bem feita – seja ela MPB, jazz ou heavy metal. Minha idéia de diversão inclui tardes de literatura bem escrita e noites de teatro e bons shows.

Entretanto, eu ainda gosto de bichos de pelúcia, traquitanas coloridinhas de papelaria e histórias em quadrinhos de super-heróis. Adoro sorvete de 3 bolas no cascão que "baba" enquanto derrete, cajuzinho de festinha infantil, jujuba (somente as vermelhas e roxas), massa de bolo crua comida com a ajuda dos dedos e o barulho feito pelo canudo ao sorver as últimas gotas de um mik-shake. No salão que frequento, sou conhecida como a louca que muda a cor do cabelo a cada cinco minutos e só pinta as unhas de cores espalhafatosas (faço-o há quase 3 anos, enfrentando os olhares mais reprovadores e – vejam só! – qual é a última moda?).

Eu ainda me derreto pelas canções melosas de Barry Manilow e me divirto dançando disco music, principalmente se for Y.M.C.A. Meus filmes e seriados preferidos ainda são de aventura, horror, fantasia e ficção-científica e ir a uma sessão de desenho animado no cinema, comendo um pacotão de pipoca (que sei que será demais) com os pés apoiados na cadeira da frente é algo que me causa um prazer quase orgástico.

Eu ainda me esbaldo nos parques de diversão e em rolar no chão sujo abraçada a um cachorro.

E eu AMO jogar videogames.

Amadurecer não é deixar-se empedernir e perder o calor. Muito pelo contrário: é ganhar fluidez para abarcar o velho e o novo, indistintamente. É adquirir ferramentas para preservar a infância no coração e na alma e deixá-la aflorar nos momentos corretos. É manter o adulto e a criança sempre de mãos dadas, se oferecendo apoio quando preciso. É cuidar das responsabilidades mas, também, ter o conhecimento de que fazer o que se gosta não demanda dar satisfações. É nunca perder o frescor e a capacidade de gargalhar por abolutamente nenhuma razão além do prazer de ouvir o som borbulhante da alegria na própria voz.

Só quem percebe essa verdade, creio eu, tem alguma chance de se tornar realmente feliz e realizado. Eu acho que minhas chances são grandes.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

 Rejeição

Tenho pensado no quanto nossas vidas são guiadas pelo medo da rejeição.

Quando crianças, fazemos o que mandam nossos pais não somente porque é "certo" (ênfase nas aspas), mas também porque sentimos medo de desagradá-los – em outras palavras: medo de que nos rejeitem.

Então, crescemos; mas a maturidade (supostamente) adquirida não nos impede de ainda sentir o mesmíssimo medo infantil, travestido em outras facetas: medo de ser rejeitado por amigos, parceiros românticos, clientes e patrões, a sociedade... E, impulsionados por esse medo, aceitamos todo o tipo de abuso e disparate, consolando-nos (e resguardando-nos) em falsas justificativas como "amor", "bondade", "responsabilidade", "profissionalismo"...

O que apavora, entretanto, é quando o medo da rejeição nos leva a esconder e distorcer a verdade, a mentir e omitir.

Isso nunca deveria acontecer – mesmo quando o resultado é a solidão. Porque, no cômputo final, é melhor enfrentar a rejeição do que diminuir-se como ser humano.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

 Fuças memoráveis!

Pra começar bem o dia, faltava apenas minha filhota, Kira.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

 Le Chat


Viens, mon beau chat, sur mon coeur amoureux;
Retiens les griffes de ta patte,
Et laisse-moi plonger dans tes beaux yeux,
Mêlés de métal et d'agate.

Lorsque mes doigts caressent à loisir
Ta tête et ton dos élastique,
Et que ma main s'enivre du plaisir
De palper ton corps électrique,

Je vois ma femme en esprit. Son regard,
Comme le tien, aimable bête
Profond et froid, coupe et fend comme un dard,

Et, des pieds jusques à la tête,
Un air subtil, un dangereux parfum
Nagent autour de son corps brun.


Charles Baudelaire
Fonte: Fleursdumal.org



O gato

(versão de Ivan Junqueira)

Vem cá, meu gato, aqui no meu regaço; / Guarda essas garras devagar, / E nos teus belos olhos de ágata e aço / Deixa-me aos poucos mergulhar. / Quando meus dedos cobrem de carícias / Tua cabeça e o dócil torso, / E minha mão se embriaga nas delícias / De afagar-te o elétrico dorso, / Em sonho a vejo. Seu olhar, profundo / Como o teu, amável felino, Qual dardo dilacera e fere fundo, / E, dos pés à cabeça, um fino / Ar sutil, um perfume que envenena / Envolvem-lhe a carne morena.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

 Elegia

Há certos momentos em que nada que possamos falar ou fazer pode servir de algum consolo para quem sofre. Podemos apenas dizer "Estou aqui!" e esperar que o tempo cure as feridas, transformando o pesar em saudade.

Uma pessoa que marcou presença durante minha adolescência, pai de uma grande amiga que reencontrei depois de muito tempo de afastamento, foi-se recentemente. Ele nunca soube, mas um vinil de sua coleção de rock progressivo, ouvido há muito, plantou em mim a irrefreável sementinha do querer cantar que somente agora começa a frutificar.

Há muito não o via e ele certamente não se lembrava de mim. Não importa: sua marca em quem sou hoje é indelével e serei sempre grata por sua passagem pela minha vida.

Que siga em paz.

 30 Regras para escrever bem

Recebi esse curioso texto por email e achei por bem registrá-lo no Fuça de Ferret, mesmo sabendo que já foi disponibilizado em muitos outros sites e blogs.

Trata-se, claro, de mais um dos inúmeros textos apócrifos que circulam pela internet: teria sido escrito por um "Professor João Pedro" da UNICAMP – mas a falta do sobrenome na assinatura suscita uma dúvida razoável. Seja lá quem for, o autor tem algum mérito: se não pela tentativa de ensino da Língua Portuguesa*, pelo menos pelo humor culto.

* Eu mesma (vejam só!) descobri que vivo desrespeitando pelo menos uma das dicas (porque adoro usar parêntesis)!


01. A voz passiva deve ser evitada.
02. Anule aliterações altamente abusivas.
03. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
04. Conforme recomenda a A.G.O.P., nunca use siglas desconhecidas.
05. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.
06. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev. etc.
07. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.
08. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
09. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra ficará uma palavra repetitiva. A repetição da palavra fará com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
10. Evite frases exageradamente longas, pois elas dificultam a compreensão das idéias nelas contidas, por apresentarem mais de um conceito central que nem sempre têm significado acessível, e o pobre leitor vê-se forçado a separá-las nos seus diversos componentes de forma a entendê-las, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
11. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
12. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou?... Então, valeu!
13. Evite mesóclises. Repita comigo: “Mesóclises: evitá-las-ei!”
14. O exagero é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
15. Frases incompletas podem causar
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não tem idéias próprias.”
18. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto ficará horrível!!!!!
19. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.
20. não esqueça as maiúsculas no início das frases.
21. Não seja redundante, pois não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é: basta mencionar cada argumento uma só vez ou, em outras palavras, não repetir a mesma idéia várias vezes.
22. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambiguidade; com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito e vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza de que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.
23. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
24. Outra barbaridade que tu deves evitar, tchê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras!... Nada de mandar "esse trem"... "vixi"... entendeu, bichinho?
25. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.
26. Quem precisa de perguntas retóricas?
27. Seja mais ou menos específico.
28. Seja incisivo e coerente, ou não.
29. Utilize a pontuação corretamente especialmente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, senão ninguém irá aguentar, já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.


Peço perdão ao autor, mas a escritora em mim não resistiu e fez algumas edições
e acertos na pontuação do texto. Tirei até dois tremas! Agora me digam: com o tanto que
já temos a absorver, havia mesmo necessidade de mais uma Reforma Ortográfica?


Nota: Claro que os grandes escritores podem quebrar todas as regras.
Mas é por isso mesmo que eles são GRANDES escritores!